quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sementes de uma nova realidade



Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele viajava cinqüenta minutos de ônibus para ir ao trabalho. No ponto seguinte ao dele entrava uma senhora, que procurava sempre sentar na janela. Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus. A cena sempre se repetia e um dia, curioso, o homem lhe perguntou o que jogava pela janela.

- Jogo sementes, respondeu ela.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu olho para fora e a estrada é tão vazia... Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom!
- A senhora acha mesmo que estas flores vão nascer aí, na beira da estrada? Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos...
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim... demoram para crescer, precisam de água...
- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. E se eu não jogar as sementes, aí mesmo é que as flores nunca vão nascer.

Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho". O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava meio "caduca". O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada... Muitas flores... A paisagem estava colorida, perfumada, linda. O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.

- A velhinha das sementes?
- Pois é...  Morreu de pneumonia no mês passado.

O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. "Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou. "Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda". Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança.  No banco da frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:

- Olha, que lindo! Quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas flores?
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz.  Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso...”

Gl.6:7 Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. 8 Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. 9 E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. 10 Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.

Uma nova realidade em sua vida, em sua família, em sua cidade é fruto de sementes de quem acredita na mudança das pessoas e da sociedade para melhor. Deus é um Deus que transforma e faz brotar do chão seco da existência humana, marcada pela dor e sofrimento, uma nova vida, nova história, onde há paz, alegria, salvação, restauração, cura e esperança de um futuro melhor, mais florido, perfumado e feliz!
Lembre-se! Nunca é tarde para recomeçar, comece hoje a lançar sementes de vida ao seu redor, amanhã colheras flores em tua vida e as futuras gerações saberão que não foi em vão o teu trabalho. Não esqueça! A confiança viva em Deus sempre vence a incredulidade dos críticos, portanto, creia e continue a semear tua nova e vitoriosa história de vida.

Com carinho,

Adonias Pereira do Lago
Bispo da 5ª Região Eclesiástica Metodista.

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